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Cará-Moela ou cará-do-ar |
Hoje quero escrever um pouco
sobre um dos meus interesses na área de olericultura que são as hortaliças não
convencionais, segundo a FAO, as plantas comestíveis utilizadas pelo homem em
sua alimentação caiu de 10 mil espécies conhecidas para uma media de 170 a 200
espécies, sendo que essas outras ficarão perdidas ao longo do tempo por não terem interesse comercial sendo assim esquecidas pela população ou mesmo
se tornando desconhecidas pela maioria, apesar de varias delas ainda ter feito
parte de nossa alimentação na infância como no meu caso o inhame, o cara moela,
a taioba e uma plantinha que não me esqueço, pois minha avó fazia um caldo
verde delicioso, ela a chamava de beldroega e por ser um alimento diferente do
que eu estava acostumado ficou como uma lembrança boa da minha infância, em
Goiás ainda se pode achar essa plantinha, pois sempre que chove ela aparece nos
quintais mais hoje e conhecida mais como planta daninha que prejudica outras
plantações do que como alimento.
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Cará-gigante ou Cará-do-pará. |
Aqui em Apiacás comecei um
trabalho no sentido de recuperar algumas dessas espécies “marginalizadas”, já
temos algumas plantadas e preparando alguns produtores para receberem esses
materiais que serão multiplicados na URT ( http://marcelosoaresoliveira.blogspot.com.br/2015/09/diante-dacrescente-demanda-para.html ), essas plantas serão originalmente destinadas a
merenda escolar porque essas plantas tem um alto valor nutritivo como por exemplo
o ora-pro-nóbis que também é conhecida como a carne vegetal pois é rica em
proteínas chegando a 25% de proteína bruta e ainda é rica em vitamina A, B e C
além de ferro e minerais como cálcio e fosforo, por isso acredita-se que o
cultivo em larga escala do ora-pro-nóbis poderia representar uma revolução nos
recursos alimentícios da humanidade, devido a seu fácil cultivo, grande
produção e alto valor nutricional sendo que em 01 há consegue se uma produção
media de ate 05 toneladas de folhas comestíveis.
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Inhame. |
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Jurubeba. |
Bom se as hortaliças não
convencionais são tão ricas em vitaminas (A, B e C), sais minerais (cálcio,
fósforo, potássio, ferro), fibras, carboidratos e proteínas, além de
substâncias funcionais (antioxidantes, carotenoides, flavonoides e
antocianinas), são ricos em fibras que auxiliam no bom funcionamento do
intestino então por qual motivo deixaram de ser cultivadas e consumidas? Uma
das explicações pode ser a mudança no padrão de vida da população principalmente
pela urbanização e abandono das áreas rurais que contribuiu assim para a perca
de varias espécies dessas plantas, e com esse ajuntamento nos centros urbanos esses alimentos perderão o valor comercial dando espaço para as olericolas com
produção em escala comercial e alta produtividade por hectare, sendo que essas
plantas de cultivo de fundo de quintal foram perdendo sua importância na
alimentação humana e sendo deixadas em segundo plano.
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Vinagreira ou Groselha. |
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Taioba. |
Pra mim poder ajudar a resgatar
parte dessas hortaliças é como manter uma parte da tradição e da nossa cultura,
apesar que eu não faço parte oficialmente de nem um banco de multiplicação me
sinto privilegiado de ajudar a evitar o processo de extinção de pelo menos
algumas dessas plantas, pois quando some uma dessas plantas, somem também junto
com elas parte da nossa historia.
Muito bom !!!
ResponderExcluirObrigado.
ExcluirMuito bom !!!
ResponderExcluirObrigado, e continue acompanhando meu blog.
ExcluirParabéns Marcelo pelo trabalho e pelo blog.
ResponderExcluirHoje estou sediado na Embrapa Arroz e Feijão em Goiás....... Se precisar alguma coisa, conte comigo!
O Orlando/Sinop tem boas receitas utilizando a taioba. Sugiro que divulgue também as receitas.
Abraço, Lineu Domit
Obrigado Lineu, vou entrar em contato com o Orlando sim, grande abraço.
ExcluirParabéns Marcelo!!
ResponderExcluirObrigado vanessa.
ExcluirParabéns Marcelo!!
ResponderExcluirAs PANC (Plnatas alimentícias não convencionais) são realmente esquecidas hoje em dia na nossa alimentação. Muito bem lembrado Marcelo.
ResponderExcluirÓtimo trabalho!
Obrigado Karla, como eu disse algumas dessas hortaliças fizerao parte da minha infância e agora não são mais encontradas o que e uma pena pois sao altamente nutritivas.
ExcluirParabéns Marcelo boa matéria e será bem aceita na merenda escolar pode ter certeza.
ResponderExcluirwlw Luciano.
ExcluirMuito boa essa materia ,cresci comendo esses alimentos hj não vejo mais , muito ainda nunca experimentaram ou não conhecem são ricos em nutrientes e devem sim fazer parte da merenda escolar .Parabens Marcelo
ResponderExcluirPois é Rosa Maria, é o que eu espero, que esses alimentos não só os convencionais mais também os biofortificados venha fazer parte da alimentação das nossas crianças, pense poder combater a anemia e a hipovitaminose A na merenda escolar.
ExcluirAmigo, parabéns pela matéria. Me remeti a minha infância, onde vez ou outra tinha um cará moela e um inhame nas refeições.
ResponderExcluirEriberto essa lembrança da alimentação na minha infância foi um dos motivos pra começar esse trabalho de resgate dessas hortaliças e tentar leva las para a merenda escolar.
ExcluirMuito importante este trabalho. Parabens! Recentemente visitei uma jardim aqui em Flórida de um praticante de Permacultura, que foi muito impressionante. Vi pequenas árvores cujas folhas parecem espinafre. Acho que a rede e os cursos de Permacultura seriam super relevantes para você Marcelo!
ResponderExcluirObrigado pelo comentário, acho fascinante a permacultura uso varias técnicas com os produtores que eu dou assistência tanto a permacultura como a biodinâmica apesar de serem diferentes acho que fazem um otimo pacote de tecnologia para a olericultura.
ExcluirMuito bom esse trabalho, na verdade eu já ate tinha me esquecido desses alimentos como foi bom ler o seu post e lembrar da minha antiga alimentação gostaria muito de tb poder ter acesso a essas hortaliças, mais uma vez parabéns.
ResponderExcluirQue bom Sandoval, fico feliz pelo seu comentário, continue acessando meu blog.
ExcluirVou acompanhar sim e ainda quero ter o prazer de conhece-lo pessoalmente e ver seu trabalho de perto, são de técnicos como você que o estado do Mato Grosso precisa, pessoas comprometidas com o desenvolvimento da agricultura familiar.
ExcluirMuito boa essa matéria parabéns.
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