quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

A juventude rural e a sucessão familiar.

Há vários anos vem ocorrendo à saída dos jovens do campo para a cidade, o que é bastante preocupante na agricultura familiar, pois a falta de perspectiva de passar suas terras e sua produção para seus filhos tem levado vários produtores a vender suas áreas ou mesmo abandona-las, pois os centros urbanos são um atrativo para esses jovens que vão em busca de coisas diferentes, como acesso a melhor educação empregos e ate mesmo acesso a tecnologias que faltam nas propriedades rurais, por esse motivo o meio rural vem passado por um “envelhecimento” sem muita esperança de sucessão dentro da família.

Palestra com filhos e netos de produtores, alunos
do curso de agronegócio
 na comunidade Colina Azul
Nossos jovens hoje estão em um dilema entre ficar no campo e ir para os centros urbanos atrás de novas oportunidades que não acham no meio rural, a pouca capacitação profissional e politicas publicas voltadas diretamente para os jovens, é um dos motivos para que eles abandonem o trabalho agrícola e migrem para a cidade, algumas medidas já estão sendo desenvolvidas como criação de linhas de credito especificas, criação de atividades de lazer em algumas comunidades e algumas medidas de capacitação profissional como é o caso do PRONATEC, mais tanto a capacitação como as linhas de créditos são multo difíceis de acessarem e as vezes quase impossível, como o caso do PRONAF Jovem.

A falta de renda para esses jovens também é um motivo dessa migração, pois a vontade de terem autonomia financeira pesa muito na tomada dessa decisão, hoje a maioria dos jovens que trabalham com seus pais não são assalariados, e toda a renda que se tem da propriedade fica com os pais fazendo com que eles sejam sempre dependentes de seus progenitores.

Palestra com filhos e netos de produtores, alunos
do curso de agronegócio
 na comunidade Colina Azul
É bom salientar que para boa parte dos jovens agricultores a permanência no campo é uma área profissional que eles desejam, mais a uma dificuldade muito grande para que haja a conquista de um espaço de liderança dentro da unidade familiar e a grandes obstáculos para a aceitação de novas ideias pelos pais.

A uma necessidade de aprimorarmos o debate quanto ao incentivo e desenvolvimento as áreas agrícolas familiares que deem reais condições para uma agricultura rentável com novos moldes que sejam interessantes e diferente para esses jovens permanecerem no campo, devemos levar em conta que aquele modelo de subsistência da agricultura familiar não é nem um pouco atrativo para a nossa juventude, pois ninguém mais quer subsistir ou sobreviver e sim viverem como devem, com uma renda familiar que lhes permitam ter conforto, alimentação de qualidade, bem estar social, educação e acesso ao lazer, perante isso a uma necessidade de inserção dos jovens na tomada de decisão da construção de um projeto produtivo que os inclua como futuros gestores e empreendedores rurais.

Esse é um momento crucial para a sucessão dentro da agricultura familiar, e nos que trabalhamos direto com essas famílias devemos despertar a necessidade e o desejo de assumir, gerir e dar continuidade no empreendimento rural, esse assunto deve ser cada vez mais abordado para que se inclua essa nova geração que tem uma importância fundamental no futuro do Brasil como um pais de vocação agrícola.  



2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Esse assunto deviria ser mais debatido pois a manutenção da agricultura familiar depende da continuação dos filhos desses produtores continuarem no campo.

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