Há vários anos vem ocorrendo à saída
dos jovens do campo para a cidade, o que é bastante preocupante na agricultura
familiar, pois a falta de perspectiva de passar suas terras e sua produção para
seus filhos tem levado vários produtores a vender suas áreas ou mesmo
abandona-las, pois os centros urbanos são um atrativo para esses jovens que vão
em busca de coisas diferentes, como acesso a melhor educação empregos e ate
mesmo acesso a tecnologias que faltam nas propriedades rurais, por esse motivo
o meio rural vem passado por um “envelhecimento” sem muita esperança de
sucessão dentro da família.
Palestra com filhos e netos de produtores, alunos do curso de agronegócio na comunidade Colina Azul |
Nossos jovens hoje estão em um
dilema entre ficar no campo e ir para os centros urbanos atrás de novas
oportunidades que não acham no meio rural, a pouca capacitação profissional e
politicas publicas voltadas diretamente para os jovens, é um dos motivos para
que eles abandonem o trabalho agrícola e migrem para a cidade, algumas medidas
já estão sendo desenvolvidas como criação de linhas de credito especificas,
criação de atividades de lazer em algumas comunidades e algumas medidas de
capacitação profissional como é o caso do PRONATEC, mais tanto a capacitação
como as linhas de créditos são multo difíceis de acessarem e as vezes quase impossível,
como o caso do PRONAF Jovem.
A falta de renda para esses jovens
também é um motivo dessa migração, pois a vontade de terem autonomia financeira
pesa muito na tomada dessa decisão, hoje a maioria dos jovens que trabalham com
seus pais não são assalariados, e toda a renda que se tem da propriedade fica
com os pais fazendo com que eles sejam sempre dependentes de seus progenitores.
Palestra com filhos e netos de produtores, alunos do curso de agronegócio na comunidade Colina Azul |
É bom salientar que para boa
parte dos jovens agricultores a permanência no campo é uma área profissional
que eles desejam, mais a uma dificuldade muito grande para que haja a conquista
de um espaço de liderança dentro da unidade familiar e a grandes obstáculos
para a aceitação de novas ideias pelos pais.
A uma necessidade de aprimorarmos
o debate quanto ao incentivo e desenvolvimento as áreas agrícolas familiares
que deem reais condições para uma agricultura rentável com novos moldes que
sejam interessantes e diferente para esses jovens permanecerem no campo,
devemos levar em conta que aquele modelo de subsistência da agricultura
familiar não é nem um pouco atrativo para a nossa juventude, pois ninguém mais
quer subsistir ou sobreviver e sim viverem como devem, com uma renda familiar
que lhes permitam ter conforto, alimentação de qualidade, bem estar social,
educação e acesso ao lazer, perante isso a uma necessidade de inserção dos
jovens na tomada de decisão da construção de um projeto produtivo que os inclua
como futuros gestores e empreendedores rurais.
Esse é um momento crucial para a
sucessão dentro da agricultura familiar, e nos que trabalhamos direto com essas
famílias devemos despertar a necessidade e o desejo de assumir, gerir e dar
continuidade no empreendimento rural, esse assunto deve ser cada vez mais
abordado para que se inclua essa nova geração que tem uma importância
fundamental no futuro do Brasil como um pais de vocação agrícola.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEsse assunto deviria ser mais debatido pois a manutenção da agricultura familiar depende da continuação dos filhos desses produtores continuarem no campo.
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